sábado, 14 de junho de 2008

Fim da Linha...

Foi bom enquanto durou, mas chegamos ao fim da linha. Alguns queridos internautas não sabiam que se tratava de um trabalho para nossa disciplina de Webjornalismo e ficamos surpresos pela acolhida e pelo surgimento, quase diário, de notícias sobre transporte público no DF. Enquanto fazíamos nossas matérias, temas como o aumento das passagens ou a paralisação dos rodoviários contribuíram para a realização de diversas pautas. Um agradecimento especial aos meus alunos que sempre comentavam as postagens e contribuíam com sugestões em sala de aula. Valeu!

Todo somos passageiros... vivemos entre viagens nos ônibus e em nossas vidas. Chegar ao fim da linha nem sempre quer dizer que nossa viagem terminou, podemos simplesmente estar à espera de outro ônibus que nos levará a outros lugares ou aos mesmos. Essa experiência, nós levaremos para a vida como futuros jornalistas e faremos o possível para reportar a vida de tantas pessoas que constroem sua história e a história desse país e ainda assim enfrentam longos engarrafamentos, ônibus sucateados, paradas sem estrutura, mas não desistem de chegar ao fim da linha...
Abraços a todos, muito obrigado pela carona.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Fiscalização precária auxilia transporte clandestino

Diante da ausência de um transporte público eficiente, alguns passageiros contam com o auxílio dos carros de passeio que transportam usuários. “Passou a ser solução”, declarou um passageiro que não quis se identificar. “Os ônibus passam cheio demais tanto na ida, quanto na volta do trabalho. Minha casa não fica perto de estação de metrô e mesmo se ficasse, todo mundo está reclamando. Acabo pegando um transporte pirata”, confessou.

A Polícia desaconselha o uso desse tipo de transporte por causa do perigo que oferece aos passageiros, principalmente às mulheres desacompanhadas.

“Já soube de um caso em que o motorista era ex-presidiário e pegava suas vítimas, aqui na rodoviária do Plano e fingia que ia levá-las à UnB. Até peguei várias vezes esse tipo de transporte, mas quando soube fiquei com medo e passei a esperar o ônibus que vai para a Universidade”, alerta uma estudante do curso de Letras, que não quis ser identificada.

Para o webdesigner Airton Moraes (foto), 34 anos, o risco não compensa a pressa. “Nunca peguei transporte clandestino, mesmo quando estava com pressa. Não há nenhuma segurança e já vi muita gente ter que descer em locais ermos, porque a polícia estava fazendo ronda e o motorista parou o carro em qualquer lugar para não ser pego. Um absurdo!”, reclamou.

De acordo com o DFTrans, quem é pego pela fiscalização recebe multa que pode chegar a R$ 5mil e o carro é apreendido.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Posto Fácil do SCS muda de quadra


O posto de atendimento da empresa Fácil DF do Setor Comercial Sul (SCS) mudou de endereço e está funcionando agora na quadra 02, Edifício Palácio do Comércio, bloco B. térreo. A mudança foi feita para oferecer mais comodidade e agilidade aos usuários do cartão.

Os serviços oferecidos continuam os mesmo: cadastramento, entrega de documentos e recarga dos créditos para o cartão do estudante. Os postos de atendimento da empresa fácil DF estão espalhados por outras cidades satélites como Sobradinho e Taguatinga.

O atendimento na Central de Atendimento do Fácil permanece no mesmo horário, de 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Brasília 1 veículo para cada 2 habitantes

A capital federal atingiu a marca de um milhão de veículos no último mês. Esse dado não seria tão alarmante se tivéssemos um bom planejamento viário. Brasília foi construída com avenidas largas, vastas áreas verdes, amplas calçadas e um bom número de vagas para estacionamento. Lúcio Costa planejou uma cidade para 500 mil habitantes e hoje temos mais de 2 milhões de brasilienses. Esse fato gera um grande caos urbano.

Fazendo um cálculo simples: se temos 1 milhão de carros e 2 milhões de pessoas, então, por que os ônibus, metrô e as vans andam sempre lotados? Temos engarrafamentos quilométricos onde cada carro representa um rosto solitário que ainda não aprendeu o que significa transporte solidário.

Só quem já teve oportunidade de estar no conforto de um carro e olhar para um ônibus lotado passando e, quem já esteve em um ônibus lotado e olhou para baixo e viu aquela fileira de carros a maioria com uma pessoa dentro sabe o quanto é diferente fazer parte desse 1 milhão de veículos ou desses 2 milhões de habitantes.

Para tentar minimizar esses efeitos negativos do trânsito no DF, governo, especialistas e ONG’s discutem soluções em um seminário nos dias 10 e 11 de junho: “Brasília: 1.000.000 de veículos – desafios e soluções”. Mas pela fala do governador Arruda, como citou o jornal Correio Braziliense, o evento não foi tão satisfatório quanto se esperava.

“Na abertura do seminário, às 11h desta terça-feira, Arruda apontou falhas na organização do evento ao ver apenas técnicos do governo e não membros da sociedade. ‘Reunião de especialistas do governo é importante, mas a população espera mais de nós. O governo não tem solução para tudo. Se tivesse, já teria dado’, frisou.”

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Paralisação de novo?

Essa é a pergunta que não sai da cabeça de todos os usuários de transporte coletivo do Distrito Federal. Depois da paralisação de segunda-feira (02/06) o que os passageiros menos querem é ter outra segunda-feira de estresse e ruas abarrotadas de carros com engarrafamentos maiores que os de costume.

De um lado estão os rodoviários que reivindicam melhores salários e redução na carga horária de trabalho, de outro estão os donos das empresas que só aceitam aumentar os salários dos funcionários se houver aumento da carga horária, e para completar o “Triângulo Conflituoso” está o GDF que tenta de todo jeito oferecer transporte aos usuários.

O grande problema é que, quem mais sofre é o passageiro. Sem saber se terá greve de ônibus ou não o estudante Leonardo Martins diz que se isso acontecer terá que pegar duas vans para ir à faculdade e voltar de taxi porque onde mora só há uma linha de ônibus que atende à região. “Muitos estudantes e trabalhadores vão ficar prejudicados com a paralisação, tanto para o transporte como na questão da segurança”, comenta o estudante.

Neste sábado (07/06) haverá duas reuniões com representantes do governo, empresários e rodoviários para tentar resolver o problema. No domingo (08/06) os rodoviários vão se reunir no estacionamento do Conic para decidir sobre a greve.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Saem as vans irregulares entram o Microônibus

Depois da greve dos rodoviários na segunda-feira, 02/06, que deixou aproximadamente um milhão de usuários sem transporte coletivo, o Governo do Distrito Federal (GDF) apresentou, nesta quarta-feira, 210 novos microônibus de um total de 350 para serem usados pela população do DF e entorno. Os outros 140 restantes devem chegar até o fim da semana.

Assim como na apresentação dos novos ônibus, o eixo Rodoviário Sul foi a passarela para o grande “desfile” dos novos veículos. A entrega foi feita pelo governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Os microônibus fazem parte do programa Brasília Integrada que pretende interligar as linhas dos ônibus, metrô e microônibus que circulam no DF. As passagens vão custar R$ 1,50 e quem precisar pegar outra condução pagará o mesmo valor, assim o custo máximo para qualquer percurso dentro do DF será de R$ 3, de acordo com as propostas do projeto.

Esses microônibus vieram para suprir a demanda de passageiros depois da retirada das vans irregulares. No total, cinco empresas venceram o processo de licitação. O prazo estipulado é de duas semanas para que os microônibus estejam circulando no DF. A expectativa é de que mais de 200 mil usuários possam se beneficiar desse transporte.

Foto: Site do Correio Braziliense

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Paralisação dos rodoviários atrapalha passageiros

O governo do Distrito Federal lavou as mãos em relação à negociação entre empresários do transporte público e os rodoviários. De acordo com o governo os empresários tentam pressioná-lo para que haja aumento das passagens, enquanto o sindicato dos rodoviários tenta obter um reajuste salarial acima da proposta governista.

Quem perde nesse embate é o usuário do transporte público que tem seus direitos desrespeitados. Segundo o acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho e o sindicato, a paralisação só poderia atingir 60% do transporte diário. Entretanto, os rodoviários resolveram descumprir o acordo e arcar com a multa de R$ 100 mil.

O resultado foi uma multidão que, sem alternativa, teve que utilizar o metrô, carros particulares e transporte pirata. A diarista Ana Gonzaga, 37 anos, teve que pegar metrô lotado para ir ao Plano Piloto. “Ganho por dia, não dá para ficar sem trabalhar. Mas vou ter que faltar a aula, à noite, porque não tenho como voltar para casa depois das 23h”, desabafou.

Nos engarrafamentos decorrentes da paralisação, muitos ônibus piratas e do entorno. “Considero a greve legítima”, declarou o estudante de jornalismo Douglas Veras (foto), 20 anos, morador do entorno. “Eu não estou sendo prejudicado, mas a população do DF em si, está sendo prejudicada. Infelizmente, quem sempre perde é a população”, afirmou.

A categoria ainda não avançou nas negociações com os empresários e ameaça entrar em greve por período indeterminado se não houver algo concreto até dia 9 de junho.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Três boas notícias para os usuários de transporte público

Conserto de trens do Metrô

Termina no fim do mês o prazo para a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) colocar em funcionamento os três trens que estavam parados por falta de peças. Desse modo, devem começar a operar mais 12 vagões, já que cada trem possui quatro vagões. Cada um deles com capacidade de comportar aproximadamente 1,3 mil passageiros.

Para Airton Lima, 34 anos, a notícia não poderia ser melhor. “Trabalho no STJ e pego o metrô todos os dias porque é a maneira mais rápida de sair de Taguatinga e chegar ao Plano. Mas, diante do caos que se formou na estação de Taguatinga após a inauguração das estações de Ceilândia, pensei que teria de desistir dessa comodidade. Espero que o conserto desses novos trens amenize a situação absurda dos usuários de Taguá”, vibrou.

Os novos microônibus

Segundo a Secretaria de Transportes, os microônibus que foram licitados em fevereiro, começarão a rodar nas ruas do DF até amanhã. Os 350 microônibus que vão integrar a nova frota de veículos do sistema de transporte coletivo do DF já estão na cidade. O novo transporte vai substituir as vans que foram retiradas de circulação.

Horários do ônibus no celular

Para consultar os horários de ônibus o usuário podia acessar a página do DFTrans, agora pode contar com esse serviço também no seu celular. Desde a semana passada, o DFTrans disponibiliza uma versão móvel, basta acessar a internet pelo telefone e fazer a consulta.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Transporte público: tecnologia em favor dos usuários


Ônibus adaptados para cadeirantes, letreiros eletrônicos, sistema de bilhetagem eletrônica são alguns dos novos termos utilizados pelos usuários do transporte coletivo do DF, desde o ano passado. As inovações surgiram com a nova frota de ônibus. Anunciada com entusiasmo pelo governo Arruda, desde o início de seu mandato, a mudança foi recebida com alegria pela população.

Atualmente, o sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal (STPC) conta com 13 empresas que se dividem em 830 linhas e que disponibilizam 2.318 ônibus convencionais a fim de atender uma demanda mensal de quase 14.000 mil usuários.

Além da aquisição de novos coletivos com design arrojado e instalações mais confortáveis os usuários perceberam as inovações tecnológicas presentes nos novos ônibus. “Gostei dos letreiros eletrônicos porque de longe possibilitam a identificação do itinerário”, ressaltou Cleidinalva Rosa, 32 anos, assistente de biblioteca. “Quanto às facilidades ao acesso dos cadeirantes, achei um ato de cidadania, pois houve respeito às necessidades deles”, enfatizou.

Entretanto, alguns usuários apontam a falta de familiaridade dos cobradores com os novos serviços. “Parece faltar aos cobradores uma orientação mais eficaz sobre o uso dos cartões eletrônicos. Muitas vezes, pelo uso inadequado, o dispositivo apita e como o cobrador insiste no erro, o sistema trava o que provoca uma situação constrangedora e atrasa o acesso dos passageiros”, denuncia Leila Nascimento, 26, estudante de Jornalismo.

Desse modo, embora o discurso governista exalte as inovações surgidas, os usuários ainda tem bem pouco para comemorar. “A tecnologia dos novos ônibus não modificou de maneira significativa o transporte dos usuários. O passe eletrônico não alterou o acesso dos passageiros e os ônibus adaptados aos cadeirantes são mais encontrados no Plano Piloto, nas cidades satélites, quase nunca surgem”, reclama a estudante de Jornalismo, Vanessa Vieira (foto), 22 anos.






Ninguém é de ninguém

Metrô lotado. Parece até repetição. Para aqueles que já estão habituados a usar o metrô como meio de transporte a palavra metrô está intimamente ligada ao adjetivo lotado.

Usuários reclamam que a qualidade dos serviços prestados caiu bastante. “Antes não se via pessoas amontoadas nem sentadas no chão. Agora, depois que as novas estações foram inauguradas, tem gente que até deita no chão do metrô. Parece que não há mais regras. Ninguém é de ninguém”, protesta Osmária Cunha, estudante de jornalismo acostumada a enfrentar os percalços do metrô de Brasília.
Nos horários de pico algumas pessoas aguardam até cinco trens passarem para depois embarcar. É o caso da estudante Viviana Lira. Ela conta que o metrô passa tão lotado que às vezes fica meia hora na estação esperando uma oportunidade para voltar para casa. “Quando sai da Ceilândia em direção à Rodoviária, na terceira estação, o metrô já está lotado. Pegar o metrô aqui no centro de Taguatinga está quase impossível”, desabafa.

O GDF prometeu aumentar a frota de trens até 2010, mas até lá os usuários vão ter que sofrer as conseqüências da falta de planejamento. Pelo jeito, sentar no chão, se espremer perto da porta , ver lugares preferenciais ocupados e notar que o ponteiro do relógio está passando e você continua ali parado são imagens que os usuários do metrô terão que se acostumar, afinal, ninguém é de ninguém.
Viviana (D) e Osmária estudantes usuárias do metrô
Fotos: Juliana Santos e Matheus Reino

domingo, 18 de maio de 2008

Governador Arruda decide não aumentar as passagens

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou que não haverá aumento nas passagens de ônibus. Desde o mês de março, declarações do secretário de Transportes, Alberto Fraga, deixaram os usuários do transporte público de Brasília em polvorosa. Segundo o secretário um estudo havia apontado a necessidade do reajuste das tarifas dos ônibus.

Mesmo diante da reação popular que se mostrou indignada com o possível aumento, Alberto Fraga, dava como certo o repasse do aumento de 8,8% no preço do óleo diesel aos passageiros.

O transporte público no Distrito Federal teve seu último aumento há dois anos e meio, entretanto, a passagem no DF continua sendo uma das mais caras. Atualmente, a tarifa do ônibus que liga duas cidades satélites é de R$ 3, enquanto que o coletivo circular, que roda apenas em uma cidade, custa R$1,50.

Para o professor Fábio de Oliveira, que utiliza o transporte coletivo, o aumento das passagens é abusivo. “O governo ignora que a frota disponível ainda não é suficiente para suprir as necessidades dos brasilienses e com o objetivo de aumentar as passagens coloca a culpa no aumento do diesel. Mas sabemos que o combustível não chega a ser 30% dos custos do transporte coletivo”, reclamou.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Por dentro do Grande Circular

Se você é daqueles (as) que sempre andam no Grande Circular, veio ao texto certo. E para aqueles que têm o privilégio de usar um veículo particular como meio de locomoção veja a realidade diária de um, dos milhares de usuários do famoso Grande Circular.

Para quem ainda não conhece esse fenomenal meio de transporte do Distrito Federal, façamos as devidas apresentações. Ele, O Grande Circular, percorre as duas principais vias do centro de Brasília: W3 sul/norte e L2 sul/norte e é responsável pelo leva-e-traz de muitos passageiros que dependem de ônibus para ir ao trabalho, à faculdade ou mesmo ao passeio no Plano Piloto. Quem nunca entrou em um deles lotado? Quem nunca se irritou com o troco de moedas? Quem nunca reclamou das inúmeras paradas que ele faz em suas quase uma hora e meia de viagem? Aliás, raras são as vezes que ele passa por uma parada sem descer ou subir um passageiro.
A vida é assim, cheia de paradas e algumas bem demoradas, como a da estação de metrô Asa Sul. Ali, vão-se em média 10 a 15 minutos de espera. Um belo dia, após um dia inteiro de trabalho, embarco num bendito Grande Circular, chegando à parada da estação de metrô o motorista pára, desce do ônibus, toma um cafezinho, entra lá numa salinha, retorna passados uns sete minutos, se volta aos passageiros, que pacientemente aguardam, e diz: "Pessoal, se vocês quiserem, podem passar para aquele outro ônibus ali que está saindo daqui a pouco." Por um breve momento ele deve ter pensado que todos estávamos amando ficar ali sentados, esperando sem fazer nada.

Mas o mundo dá voltas, a mais legal de todas elas é a voltinha pela Câmara Legislativa do DF, no final da Asa Norte. O Grande Circular passeia suavemente ao redor do quarteirão e traz uma sensação que estamos voltando, ao invés de prosseguirmos nossa viagem.
Paciência é uma virtude que sempre tenho. Às vezes sinto que ainda me falta mais algumas doses. É o caso de quando estou na parada esperando o.... Adivinha quem? Justamente! O Grande Circular. Aguardo 10, 15, 20 minutos e nada do ônibus chegar, aí então vejo um sinal: Lá está. Ele se aproxima, parada lotada, 3 ou 4 ônibus parados para subir ou descer outros passageiros, dou o sinal, saio correndo e... Ops! Passou direto! O motorista nem deu bola.

Por falar em correr, uma salva de palmas seja dada a todos os atletas, ou melhor, passageiros do Distrito Federal. Para se pegar um ônibus aqui no DF a pessoa tem que fazer um belo exercício físico. Correr, desviar, dar o sinal e ainda suportar toda ou parte da viagem de pé. Sem contar com a precariedade de parte da frota que, volta e meia, não funciona o aviso de parada solicitada, a porta não fecha por completo, os vidros que, no tempo de chuva, não vedam a água etc.

Mas como é sabido que tudo na vida é passageiro, até nossos momentos de passageiro uma hora acaba, sejamos realistas, o Grande Circular não é só digno de críticas. Também merece seu reconhecimento em razão de seus serviços prestados aos cidadãos brasilienses e visitantes. Afinal, 90% dos usuários de transporte coletivo no Plano Piloto já usufruíram de seus cômodos serviços. O Grande Circular é o que podemos chamar de um mal necessário.









(fotos: site da viação rápido brasília)

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Passageiros denunciam maus-tratos

A Lei Federal n° 10.741, de 1º de outubro de 2003 que assegura a gratuidade dos transportes coletivos públicos a idosos com mais de 65 anos, nem sempre tem sido respeitada pelos transportes públicos do DF.

O aposentado Aldemar Correia, 75 anos, diz não conseguir se lembrar de quantas vezes já foi prejudicado pelo não cumprimento da lei. “Se você estiver em uma parada de ônibus sozinho, nenhum ônibus pára quando percebe que é um idoso. Minha esposa já teve que pedir a um jovem para acompanhá-la a uma parada de ônibus a fim de conseguir embarcar”, contou indignado.

Mas a indignação não se restringe ao transporte feito pelos ônibus convencionais, as vans do Serviço de Transporte Público Alternativo também são denunciadas. “Alguns cobradores de vans que transportam idosos ficam insinuando que não pagamos a passagem. Uma vez, após ser humilhado, joguei o dinheiro no chão da van e desci”, desabafou o aposentado.

Uma senhora que não quis se identificar denunciou também o abuso cometido por alguns motoristas e cobradores de vans. “Muitos colocam o som do carro alto demais e com músicas imorais que constrangem os passageiros”, relatou.

Entretanto, as reclamações quanto ao tratamento recebido pelos usuários do transporte público coletivo não se restringem aos idosos. Maria Francisca da Conceição, 32 anos, conta que evita as vans, depois que embarcou em uma delas e foi ofendida por um cobrador. “Chamei a atenção dele porque minha bolsa ficou presa na porta da van e ele respondeu que se eu queria conforto deveria andar de táxi. Os passageiros ficaram revoltados. E eu agora só ando mesmo de ônibus”, contou.

Gildeth Franco (foto), 25 anos, contou um episódio semelhante, mas não reclamou. “Já fui ofendida por cobrador de van e não denunciei porque achei que não ia dar em nada. Sempre termina em pizza”, justificou.

A conduta da passageira, entretanto, deve ser revista. No início do mês, 200 vans tiveram que justificar cerca de 600 denúncias feitas por usuários, por meio do telefone 156, desde o fim de 2007. Ponto para os passageiros que com suas denúncias provaram que nem tudo está perdido.

Serviço:
Denuncie o mau funcionamento do transporte público no DF: ligue 156. Para agilizar a apuração das reclamações, tente fornecer dados como o número da linha, número ou placa do veículo, dia, hora e local do fato.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Posto da Fácil agiliza atendimento em Taguatinga


O posto de Atendimento da empresa Fácil em Taguatinga Centro foi inaugurado no dia 24 de março com o objetivo de descentralizar o atendimento aos usuários de transporte coletivo. A decisão de instalar outros pontos de distribuição de bilhetagem eletrônica foi determinada pelo governador José Roberto Arruda, após reiteradas reclamações em decorrência das imensas filas e das falhas no atendimento, na central do SCS (Setor Comercial Sul).

Entretanto, a medida ainda não surtiu tantos efeitos. Visitamos o posto de atendimento de Taguatinga Centro, às 13h20, e o local estava absolutamente vazio. Uma atendente que não quis se identificar confirmou que só havia acontecido 223 atendimentos até o início da tarde. “Bem diferente do dinamismo do Posto do Conic que atendia mais de 3.000 pessoas”, observou.

O posto de atendimento Fácil em Taguatinga está localizado na C9, lote 15, loja 01, próximo à Praça do Relógio.


quarta-feira, 23 de abril de 2008

Metrô de graça, uma festa do tamanho de Brasília

Quem tentou ir para a Esplanada dos Ministérios de metrô, no dia 21 de abril, depois das 19h, teve que esperar. Isso porque as estações intermediárias da linha do metrô estavam interditadas e com as grades fechadas. Não era possível chegar até a plataforma de embarque.

Mesmo com o valor da passagem a R$ 2, o número de usuários diários do metrô no Distrito Federal é muito grande, com a isenção da tarifa, esse número cresceu exponencialmente e o número de trens continuou o mesmo. Esse fato manchou um pouco a beleza da festa do aniversário de Brasília.

Na estação 114 Sul, muitas pessoas aguardavam na parte de fora. Funcionários do metrô disseram que o motivo da interdição parcial dos serviços do metrô seria a superlotação dos trens e também por causa da ação de vândalos que teriam depredado algumas estações como a Central e a estação Galeria.

A jovem Fernanda de Sousa, estudante, que aguardava a liberação dos embarques, se revoltou por ter perdido a apresentação do grupo Capital Inicial, "Se dependesse desse metrô de graça para eu poder assistir ao show estaria numa enrascada. Vou voltar para casa e ir de carro mesmo", reclamou.


“Vocês poderiam ter pelo menos consideração e dar uma previsão de quando voltará a funcionar o metrô. Já estamos aqui há mais de uma hora e meia e nada! Se eu soubesse tinha ido de ônibus", desabafou outro usuário que discutiu com um funcionário do metrô. Porém, nos terminais rodoviários, ele não iria encontrar uma situação diferente, pois praticamente todas as linhas de ônibus que tinham como destino a rodoviária do Plano Piloto estavam lotadas.

A volta pra casa foi um verdadeiro transtorno. Só quem precisou ir de ônibus ou metrô sabe como foi difícil chegar em casa depois da festa em comemoração aos 48 anos de Brasília. Faltou bom senso por parte dos usuários e organização por parte do governo. De graça é bom, mas precisa saber usar.

Pode entrar que a casa é sua


Este blog foi criado com o intuito de retratar de maneira realista o dia-a-dia de milhares de pessoas que são usuárias de transporte coletivo no Distrito Federal. Nosso foco está voltado para as políticas públicas que abrangem, ou que não levam em conta, as dificuldades dos usuários de transporte público na Capital Federal.

Nosso espaço está aberto à sociedade que deseja se manifestar de maneira crítica com sugestões, dúvidas ou reclamações. Faça uso deste espaço, será um prazer contar com sua colaboração.