O governo do Distrito Federal lavou as mãos em relação à negociação entre empresários do transporte público e os rodoviários. De acordo com o governo os empresários tentam pressioná-lo para que haja aumento das passagens, enquanto o sindicato dos rodoviários tenta obter um reajuste salarial acima da proposta governista.
Quem perde nesse embate é o usuário do transporte público que tem seus direitos desrespeitados. Segundo o acordo firmado entre o Ministério Público do Trabalho e o sindicato, a paralisação só poderia atingir 60% do transporte diário. Entretanto, os rodoviários resolveram descumprir o acordo e arcar com a multa de R$ 100 mil.
O resultado foi uma multidão que, sem alternativa, teve que utilizar o metrô, carros particulares e transporte pirata. A diarista Ana Gonzaga, 37 anos, teve que pegar metrô lotado para ir ao Plano Piloto. “Ganho por dia, não dá para ficar sem trabalhar. Mas vou ter que faltar a aula, à noite, porque não tenho como voltar para casa depois das 23h”, desabafou.
Nos engarrafamentos decorrentes da paralisação, muitos ônibus piratas e do entorno. “Considero a greve legítima”, declarou o estudante de jornalismo Douglas Veras (foto), 20 anos, morador do entorno. “Eu não estou sendo prejudicado, mas a população do DF em si, está sendo prejudicada. Infelizmente, quem sempre perde é a população”, afirmou.
A categoria ainda não avançou nas negociações com os empresários e ameaça entrar em greve por período indeterminado se não houver algo concreto até dia 9 de junho.
Um comentário:
E vem mais greve por aí.
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