quarta-feira, 28 de maio de 2008

Três boas notícias para os usuários de transporte público

Conserto de trens do Metrô

Termina no fim do mês o prazo para a Companhia do Metropolitano (Metrô-DF) colocar em funcionamento os três trens que estavam parados por falta de peças. Desse modo, devem começar a operar mais 12 vagões, já que cada trem possui quatro vagões. Cada um deles com capacidade de comportar aproximadamente 1,3 mil passageiros.

Para Airton Lima, 34 anos, a notícia não poderia ser melhor. “Trabalho no STJ e pego o metrô todos os dias porque é a maneira mais rápida de sair de Taguatinga e chegar ao Plano. Mas, diante do caos que se formou na estação de Taguatinga após a inauguração das estações de Ceilândia, pensei que teria de desistir dessa comodidade. Espero que o conserto desses novos trens amenize a situação absurda dos usuários de Taguá”, vibrou.

Os novos microônibus

Segundo a Secretaria de Transportes, os microônibus que foram licitados em fevereiro, começarão a rodar nas ruas do DF até amanhã. Os 350 microônibus que vão integrar a nova frota de veículos do sistema de transporte coletivo do DF já estão na cidade. O novo transporte vai substituir as vans que foram retiradas de circulação.

Horários do ônibus no celular

Para consultar os horários de ônibus o usuário podia acessar a página do DFTrans, agora pode contar com esse serviço também no seu celular. Desde a semana passada, o DFTrans disponibiliza uma versão móvel, basta acessar a internet pelo telefone e fazer a consulta.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Transporte público: tecnologia em favor dos usuários


Ônibus adaptados para cadeirantes, letreiros eletrônicos, sistema de bilhetagem eletrônica são alguns dos novos termos utilizados pelos usuários do transporte coletivo do DF, desde o ano passado. As inovações surgiram com a nova frota de ônibus. Anunciada com entusiasmo pelo governo Arruda, desde o início de seu mandato, a mudança foi recebida com alegria pela população.

Atualmente, o sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal (STPC) conta com 13 empresas que se dividem em 830 linhas e que disponibilizam 2.318 ônibus convencionais a fim de atender uma demanda mensal de quase 14.000 mil usuários.

Além da aquisição de novos coletivos com design arrojado e instalações mais confortáveis os usuários perceberam as inovações tecnológicas presentes nos novos ônibus. “Gostei dos letreiros eletrônicos porque de longe possibilitam a identificação do itinerário”, ressaltou Cleidinalva Rosa, 32 anos, assistente de biblioteca. “Quanto às facilidades ao acesso dos cadeirantes, achei um ato de cidadania, pois houve respeito às necessidades deles”, enfatizou.

Entretanto, alguns usuários apontam a falta de familiaridade dos cobradores com os novos serviços. “Parece faltar aos cobradores uma orientação mais eficaz sobre o uso dos cartões eletrônicos. Muitas vezes, pelo uso inadequado, o dispositivo apita e como o cobrador insiste no erro, o sistema trava o que provoca uma situação constrangedora e atrasa o acesso dos passageiros”, denuncia Leila Nascimento, 26, estudante de Jornalismo.

Desse modo, embora o discurso governista exalte as inovações surgidas, os usuários ainda tem bem pouco para comemorar. “A tecnologia dos novos ônibus não modificou de maneira significativa o transporte dos usuários. O passe eletrônico não alterou o acesso dos passageiros e os ônibus adaptados aos cadeirantes são mais encontrados no Plano Piloto, nas cidades satélites, quase nunca surgem”, reclama a estudante de Jornalismo, Vanessa Vieira (foto), 22 anos.






Ninguém é de ninguém

Metrô lotado. Parece até repetição. Para aqueles que já estão habituados a usar o metrô como meio de transporte a palavra metrô está intimamente ligada ao adjetivo lotado.

Usuários reclamam que a qualidade dos serviços prestados caiu bastante. “Antes não se via pessoas amontoadas nem sentadas no chão. Agora, depois que as novas estações foram inauguradas, tem gente que até deita no chão do metrô. Parece que não há mais regras. Ninguém é de ninguém”, protesta Osmária Cunha, estudante de jornalismo acostumada a enfrentar os percalços do metrô de Brasília.
Nos horários de pico algumas pessoas aguardam até cinco trens passarem para depois embarcar. É o caso da estudante Viviana Lira. Ela conta que o metrô passa tão lotado que às vezes fica meia hora na estação esperando uma oportunidade para voltar para casa. “Quando sai da Ceilândia em direção à Rodoviária, na terceira estação, o metrô já está lotado. Pegar o metrô aqui no centro de Taguatinga está quase impossível”, desabafa.

O GDF prometeu aumentar a frota de trens até 2010, mas até lá os usuários vão ter que sofrer as conseqüências da falta de planejamento. Pelo jeito, sentar no chão, se espremer perto da porta , ver lugares preferenciais ocupados e notar que o ponteiro do relógio está passando e você continua ali parado são imagens que os usuários do metrô terão que se acostumar, afinal, ninguém é de ninguém.
Viviana (D) e Osmária estudantes usuárias do metrô
Fotos: Juliana Santos e Matheus Reino

domingo, 18 de maio de 2008

Governador Arruda decide não aumentar as passagens

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, anunciou que não haverá aumento nas passagens de ônibus. Desde o mês de março, declarações do secretário de Transportes, Alberto Fraga, deixaram os usuários do transporte público de Brasília em polvorosa. Segundo o secretário um estudo havia apontado a necessidade do reajuste das tarifas dos ônibus.

Mesmo diante da reação popular que se mostrou indignada com o possível aumento, Alberto Fraga, dava como certo o repasse do aumento de 8,8% no preço do óleo diesel aos passageiros.

O transporte público no Distrito Federal teve seu último aumento há dois anos e meio, entretanto, a passagem no DF continua sendo uma das mais caras. Atualmente, a tarifa do ônibus que liga duas cidades satélites é de R$ 3, enquanto que o coletivo circular, que roda apenas em uma cidade, custa R$1,50.

Para o professor Fábio de Oliveira, que utiliza o transporte coletivo, o aumento das passagens é abusivo. “O governo ignora que a frota disponível ainda não é suficiente para suprir as necessidades dos brasilienses e com o objetivo de aumentar as passagens coloca a culpa no aumento do diesel. Mas sabemos que o combustível não chega a ser 30% dos custos do transporte coletivo”, reclamou.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Por dentro do Grande Circular

Se você é daqueles (as) que sempre andam no Grande Circular, veio ao texto certo. E para aqueles que têm o privilégio de usar um veículo particular como meio de locomoção veja a realidade diária de um, dos milhares de usuários do famoso Grande Circular.

Para quem ainda não conhece esse fenomenal meio de transporte do Distrito Federal, façamos as devidas apresentações. Ele, O Grande Circular, percorre as duas principais vias do centro de Brasília: W3 sul/norte e L2 sul/norte e é responsável pelo leva-e-traz de muitos passageiros que dependem de ônibus para ir ao trabalho, à faculdade ou mesmo ao passeio no Plano Piloto. Quem nunca entrou em um deles lotado? Quem nunca se irritou com o troco de moedas? Quem nunca reclamou das inúmeras paradas que ele faz em suas quase uma hora e meia de viagem? Aliás, raras são as vezes que ele passa por uma parada sem descer ou subir um passageiro.
A vida é assim, cheia de paradas e algumas bem demoradas, como a da estação de metrô Asa Sul. Ali, vão-se em média 10 a 15 minutos de espera. Um belo dia, após um dia inteiro de trabalho, embarco num bendito Grande Circular, chegando à parada da estação de metrô o motorista pára, desce do ônibus, toma um cafezinho, entra lá numa salinha, retorna passados uns sete minutos, se volta aos passageiros, que pacientemente aguardam, e diz: "Pessoal, se vocês quiserem, podem passar para aquele outro ônibus ali que está saindo daqui a pouco." Por um breve momento ele deve ter pensado que todos estávamos amando ficar ali sentados, esperando sem fazer nada.

Mas o mundo dá voltas, a mais legal de todas elas é a voltinha pela Câmara Legislativa do DF, no final da Asa Norte. O Grande Circular passeia suavemente ao redor do quarteirão e traz uma sensação que estamos voltando, ao invés de prosseguirmos nossa viagem.
Paciência é uma virtude que sempre tenho. Às vezes sinto que ainda me falta mais algumas doses. É o caso de quando estou na parada esperando o.... Adivinha quem? Justamente! O Grande Circular. Aguardo 10, 15, 20 minutos e nada do ônibus chegar, aí então vejo um sinal: Lá está. Ele se aproxima, parada lotada, 3 ou 4 ônibus parados para subir ou descer outros passageiros, dou o sinal, saio correndo e... Ops! Passou direto! O motorista nem deu bola.

Por falar em correr, uma salva de palmas seja dada a todos os atletas, ou melhor, passageiros do Distrito Federal. Para se pegar um ônibus aqui no DF a pessoa tem que fazer um belo exercício físico. Correr, desviar, dar o sinal e ainda suportar toda ou parte da viagem de pé. Sem contar com a precariedade de parte da frota que, volta e meia, não funciona o aviso de parada solicitada, a porta não fecha por completo, os vidros que, no tempo de chuva, não vedam a água etc.

Mas como é sabido que tudo na vida é passageiro, até nossos momentos de passageiro uma hora acaba, sejamos realistas, o Grande Circular não é só digno de críticas. Também merece seu reconhecimento em razão de seus serviços prestados aos cidadãos brasilienses e visitantes. Afinal, 90% dos usuários de transporte coletivo no Plano Piloto já usufruíram de seus cômodos serviços. O Grande Circular é o que podemos chamar de um mal necessário.









(fotos: site da viação rápido brasília)